Última atualizacão: 19.04.2023

Assassinato de Marielle Franco


Democracia e Direitos Humanos
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Ano 2018

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Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco (1978-2018) é assassinada no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro. É executada depois de participar do evento Jovens negras movendo as estruturas, realizado na Casa das Pretas, no bairro carioca da Lapa. Depois de sair do encontro, seu carro é alvejado, e ela e o motorista Anderson Pedro Mathias Gomes (1978-2018) têm morte instantânea. No dia seguinte, os corpos são velados na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, sob protesto silencioso de milhares de pessoas nas ruas.

Nascida no Complexo da Maré, Zona Norte da capital fluminense, Marielle se autodenomina favelada, negra e feminista, e estabelece compromisso militante com seu território de origem, a população negra e as mulheres. Antes de se tornar parlamentar, atua no Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm) e na coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Sua contribuição visa garantir não apenas auxílio às famílias vitimadas pela violência do tráfico ou do Estado, mas também apoio às famílias de policiais assassinados.

Em 2014, defende a dissertação de mestrado UPP: a redução da favela a três letras, na Universidade Federal Fluminense (UFF).   

Nas eleições de 2016, torna-se a quinta vereadora mais bem votada do Rio de Janeiro.

Seu assassinato gera comoção nacional e internacional. Movimentos sociais realizam protestos em solidariedade à vereadora negra, reivindicando investigações sobre a motivação e os mandantes do crime. Nas eleições de 2020, centenas de mulheres negras e periféricas se lançam na política, inspiradas na trajetória de Marielle Franco.